Quando escolhemos plantar uma semente, seja de feijão, soja, milho ou até uma flor, nesse momento se cria uma responsabilidade extra, que é o ato de se dedicar e cuidar para que a semente germine.
É
preciso observar que, antes de semear, faz-se necessário verificar alguns
fatores que são essenciais: a qualidade da terra, se é dura, seca ou se será
preciso aerar para ela ficar fofinha; e se possui os nutrientes para germinar.
O
passo seguinte será crucial para o seu desenvolvimento: conhecer bem a espécie
para saber a quantidade de água certa, nem muita e nem pouca; se gosta de sol
ou de sombra, ou ainda, de um pouco de cada.
Depois
de observar tudo isso, aí sim, terá que dosar, igual à água, o grau de
envolvimento, nem muito, nem pouco, mas na medida certa. Muitos não terão
responsabilidade emocional com você, mas lembre-se, você tem a obrigação de
tê-la consigo.
E,
algumas vezes, será necessário aparar as ervas daninhas, que, com o tempo,
nascerão, para tirar suas energias, seu brilho, enfraquecê-las e desestimulá-las.
Muitas ervas daninhas sugam tanto os nutrientes das plantas que as matam, por
isso é importantíssimo ficar atento e cuidar do seu jardim.
Na
medida em que a semente cresceu, criou-se um laço afetivo com ela, uma
responsabilidade de cuidar e doar um pouco o seu tempo para que ela se mantenha
vistosa, cheia de vida, com folhagens exuberantes e muitas flores. Isso requer
dedicação, atenção e priorização, aumentando, assim, o seu vínculo, o carinho e
a reciprocidade.
No
decorrer do tempo, se acontecer algo que o desestimule, fazendo com que pare de
irrigar e colocar nutrientes na terra, a planta irá perder sua energia e poderá
murchar ou morrer.
Todos
esses procedimentos precisam ser espontâneos, pois tudo que é forçado não
sobrevive por muito tempo. Então, se desejar algo, dedique-se, cuide mais,
aprecie mais, valorize mais e, acima de tudo, ame-se mais.