A relação entre saúde mental de mulheres e violência doméstica tem um impacto significativo sobre as mães e seus filhos. Estudos indicam que mulheres que sofrem de problemas de saúde mental, muitas vezes resultantes ou agravados pela violência doméstica, podem ter dificuldades em estabelecer relações seguras com seus filhos. Isso pode gerar efeitos negativos tanto para a mãe quanto para as crianças, que acabam sendo vítimas secundárias da violência ou testemunhas dela.
Em um estudo realizado na Noruega, por exemplo, foi observado que uma denúncia de violência doméstica aumentou em 35% as visitas a profissionais de saúde mental pelas vítimas e em 19% pelas crianças no ano do evento. Além disso, as crianças expostas à violência tendem a apresentar pior desempenho escolar e maior probabilidade de envolvimento em comportamentos de risco no futuro.
Essas mães, frequentemente lidando com traumas e problemas emocionais, podem ter dificuldades em fornecer o apoio necessário para os filhos, o que impacta diretamente no desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças. Em muitos casos, as crianças também apresentam problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, resultado direto da exposição à violência e à instabilidade familiar.
Em suma, a violência doméstica afeta não só a saúde mental das mulheres, mas também compromete o bem-estar de seus filhos, criando um ciclo que perpetua os efeitos negativos nas gerações seguintes. A interseção entre saúde mental e violência doméstica destaca a necessidade de políticas públicas mais robustas para proteger e oferecer suporte tanto às mulheres quanto às suas famílias.
Fontes: Office on Women's Health e National Bureau of Economic Research.
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